Sbronka

Aqui tem sensualidade mas não tem pornografia, não tem piada manjada, matéria copiada nem nenhuma outra chupação de idéia alheia. Este blog é feito de textos, fotos e montagens de minha autoria e qualquer idéia, texto ou fotos de terceiros terá seu crédito. Este Blog não tem o compromisso de agradar a ninguém. Toda crônica depende do humor do dia, ou da hora. Por fim, este blog não tem papas na língua e o formato é secundário para valorizar o conteúdo.

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Local: Salvador, Bahia, Brazil

Especialista em qualidade de software, atuando na área de Gestão do Desenvolvimento no Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.

09 fevereiro 2008

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É impossível não pensar nas invenções encomendadas pelo coiote gaiato que vivia tentando caçar o papaléguas, como bem lembrou meu compadre Fred, só faltava o ACME escrito na asa, dotada de 4 jato-propulsores (que custam cerca de 4000 euros cada um, pelo que vi no site do fabricante, sem dúvida trata-se de um coiote abastado). Digo "faltava" porque cometi essa pequena homenagem na montagem acima.
Mas voltando ao caso, o cara é meu mais novo herói desde que o Armando me mandou suas fotos: chama-se Yves Rossy e é um ex-piloto da força aérea Suiça que cansado da monotonia de pilotar Mirages III e F-15 Tigers, mareado do marasmo do skysurf saído do alto de um balão (sim, do alto, não do cesto), resolveu inventar e vem aperfeiçoando um desses brinquedinhos que o coiote - e eu também - gostaria de vestir: uma asa retrátil de fibra de carbono tetraturbinada acoplada a um pára-quedas. Simples e banal como um patinete de caixa de sabão... retrátil de fibra de carbono, etc etc etc.
Com esse protótipo da sua asa a jato o FusionMan, como ele se auto-denomina no seu site, - que recomendo a visita às fotos e vídeos de suas aventuras -, saltou pela primeira vez em 2004 de um Pilatus a 12000 pés (4000m) de altitude, acionou o comando que desdobra sua asa, deu ignição nos 4 motores e a 4000 pés de alitude, em poucos segundos, realizou o verdadeiro sonho de Ícaro, o sonho original e mitológico: voando com sua própria asa, alcançou incríveis 185km/h de velocidade horizontal, chegando inclusive a ganhar alguma altitude, durante 4 longos minutos de vôo.


Acredite, quando você está solto no céu cada segundo se multiplica por quatro na nossa mente por conta da aceleração que a adrenalina causa no cérebro. Quem já "rodou" um carro sabe do que estou falando: frações de segundo que deixam marcas profundas na memória de cada mínimo detalhe. Imagino o que Yves sentiu nestes 240 segundos multiplicados por 4 enquanto ele esteve queimando o combustível de seus jatos na velocidade de um bólido a quase um quilometro e meio do solo.
Depois de tudo isso, foi só comandar a dobragem da asa novamente, assumir a posição de queda livre ("box"), comandar o seu pára-quedas, navegar tranquilamente e pousar em segurança bem na centro da área de pouso. Ô tédio, hein Yves...