HOMENZINHO DO TEMPO

Hoje fui levar os pequenos para um dos programinhas preferidos da criançada, não vou citar aqui por questões ideológicas: estes templos de consumismo e marketing infantil são hediondos, mas eles gostam... Chegam a dizer "Vamos pro tal lugar ? iuuuupiiiii !!!".
Um filho yuppie, Deus me livre, mas "iupi!" de filho é algo a se respeitar...
Enfim, tô enrolando, esse não é o ponto.
O ponto é banal, talvez só tenha sentido e valor pra mim mas, e daí ? é meu blog, meu diário, e como disse lá em cima: não tem o compromisso de agradar ninguém...
O ponto é que, levando eles pra casa, com aquele aperto no coração - ai... na hora de ir embora hoje Gabi me disse: "queria ir pra tua casa !" explodi como fogos de artifício nessa hora... alguém aqui pode entender ? -, com aquele sentimento de uma saudade de algo que ainda está presente, ouvi de Pedro o diálogo mais chavão do papo tedioso: "vai chover!". Para ouvido de pai aquilo era mais que papo furado: "Por que, meu filho ?". "Não tô vendo nenhuma estrela, papai...". Mal liguei pro caso, estava dirigindo. Deixei eles com a mãe, com uma dor na alma que só eu conheço. Uma hora depois o cheiro da chuva me despertou para a novidade: se eu bobear meu filho de quatro anos tá mais ligado no mundo que eu...

(a foto que ilustra este post é de Beto Slomka)