Sbronka

Aqui tem sensualidade mas não tem pornografia, não tem piada manjada, matéria copiada nem nenhuma outra chupação de idéia alheia. Este blog é feito de textos, fotos e montagens de minha autoria e qualquer idéia, texto ou fotos de terceiros terá seu crédito. Este Blog não tem o compromisso de agradar a ninguém. Toda crônica depende do humor do dia, ou da hora. Por fim, este blog não tem papas na língua e o formato é secundário para valorizar o conteúdo.

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Especialista em qualidade de software, atuando na área de Gestão do Desenvolvimento no Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.

05 abril 2008

O TRABALHO ENOBRECE, SENADOR

O ilustre senador Cristovam Buarque (PDT-DF) teve a felicidade de proferir um discurso duro e autocrítico a respeito do desempenho - ineficiência e ineficácia, não necessariamente nestas palavras - do Congresso Nacional, ao comentar entrevista do Presidente do Senado, Garibaldi Alves FIlho à revista Veja. Ele criticou uma política feita "pelos endinheirados para os endinheirados" e só, restrito a esse grupo. E assumiu a falta de entendimento e debate no Senado brasileiro. Segundo o Senador, e o óbvio que salta aos olhos, CPIs e constantes eleições impedem que deputados e senadores exerçam sua função primordial: não há parlamento, na essência da palavra. Basicamente foi esse o tom do discurso do senador, que acompanhei pela TV Senado, na falta de coisa melhor para assistir na TV aberta. Até que valeu a pena. Talvez nem por tanto pela conhecida verve do douto Senador, Magnífico Reitor, mas pela percepção da nossa capacidade em resolver um problema institucional do país!! Entendi de relance que a solução está em nossas mãos, num simples recado às Vossas Ilustrissimas Excelências Senhores Senadores da República: como endinheirados, os senhores já deviam conhecer a rotina que os enriquece. Milhões de pessoas exercem a cada ano uma jornada maior de trabalho para darem conta de seu sustento, e proverem muito mais lucro para os seus bolsos, excelências. Um mínimo de correspondência a este antigo e valoroso conceito - o labor - pode resolver a equação para que seiscentas e tantas lideranças munidas de um exército de milhares de assessores e sinecuras, entre Senado e Câmara Federal, com um orçamento de salários e recursos nababescos, possa cumprir com suas tarefas de fiscalizar, investigar, debater e legislar. Verdade: os doutos e insignes legisladores não sabem se administrar.
O senador Cristovam aventou a hipótese de se fecharem as portas do congresso - congressistas dentro - a fim de que se obrigasse ao debate construtivo, citando as reformas políticas e outras que se tem sob demanda ao Congresso há anos, sob a pena de que fechássem-se as portas do congresso - congressistas fora -, para que se exercesse a ditadura livremente. Sinistro, quase sem querer!!
Como que pra sacanear, na sequência da sessão, um debate surreal se travou no Senado sobre mulheres, galinhas e cacarejos, numa demonstração de desprendimento total do dinheiro público e falta de capacidade de priorização de problemas que deixaria qualquer gerente de video locadora na rua do amargura do desemprego. Somente nos altos escalões da República é que se admite tamanha incompetência a custos tão exorbitantes. Socorro.