Sbronka

Aqui tem sensualidade mas não tem pornografia, não tem piada manjada, matéria copiada nem nenhuma outra chupação de idéia alheia. Este blog é feito de textos, fotos e montagens de minha autoria e qualquer idéia, texto ou fotos de terceiros terá seu crédito. Este Blog não tem o compromisso de agradar a ninguém. Toda crônica depende do humor do dia, ou da hora. Por fim, este blog não tem papas na língua e o formato é secundário para valorizar o conteúdo.

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Local: Salvador, Bahia, Brazil

Especialista em qualidade de software, atuando na área de Gestão do Desenvolvimento no Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.

08 fevereiro 2011

Valeu, FH da P

Alguém, me dê um tiro de misericórdia, por piedade! Desisto.
Estou há dias tentando transferir minha linha telefônica fixa da Oi do endereço antigo para o novo. Me mudei no dia 31 de janeiro passado e após toda a correria da mudança resolvi encarar a dura rotina de ter que solicitar à querida operadora de telefonia a simples mudança de endereço.
Pra começar minha saga, precisava descobrir por onde fazer tal operação. Liguei do meu celular para o *144, afinal minha linha fixa já tinha ficado para trás. Ao informar o número do atendimento para o Oi Fixo, uma simpática voz (gravada) me informava que este não se tratava de um número móvel e agradecia a ligação. A atendente eletrônica nem se deu ao trabalho de informar qual seria o número para atendimento ao telefone fixo, e antes que o leitor me julgue mal, lembre que não tinha acesso à internet, amarrada a minha linha fixa.
Vasculhei várias contas antigas, que me davam diversos números de vendas de produtos, mas nenhuma indicação do número para atendimento ao "Oitário", como se sente o usuário da Oi. Pra encurtar a história, entre as inúmeras opções do atendimento eletrônico do *144 - nenhuma delas incluindo um atendimento por ser humano que pudesse me dar essa singela informação -, encontrei o número 10331 para atendimento a Oi Fixo. Resolvido, pensei. Só parecia...
Liguei para o tal número e desta vez o menu eletrônico me encaminhou para aguardar um de seus atendentes. Talvez por vingança a tantas piadinhas sobre "sua ligação é importante para nós" ou as irritantes musiquinhas que marcam as intermináveis horas de espera para este tipo de serviço, eles não apresentam mais nenhum sinal audível sobre o que está acontecendo. Só dizem "aguarde" e faz-se um silêncio tumular, que te faz duvidar de estar sendo atendido realmente. Nem uma indicação sobre o tempo de espera, nem nada. Senti-me no umbral à espera da piedade de Deus para encontrar uma luz.
Aquela espera angustiante me irritou a ponto de desistir do atendimento telefônico. "Amanhã tento na internet, no trabalho", pensei. E assim foi. Dia seguinte, acessei o site da referida operadora, que por puro sadismo ainda usa o slogan "Oi, simples assim!". Navega, navega, achei a opção de transferência de endereço, que solicitava ter à mão o número do contrato constante na conta. Não tinha. Navega, navega, emiti segunda via da conta com o tal número. Navega, navega, voltei à opção de transferência e preenchi todos os camos necessários. Cliquei no "OK" e recebi a mensagem de que "Não foi possível realizar sua operação". Por que? Não disse, não foi e pronto, é o suficiente para eles.
Voltei ao 10331, afinal em horário comercial deve ter mais gente te atendendo. Nova gravação "nossos sistemas estão fora do ar". Espera, espera, navega, navega, duas, tres vezes. Enfim, consigo fazer o pedido de transferência pela net, protocolo emitido, tudo registrado e seguro. "Simples assim", pensei.
Como não recebi nenhuma posição, nenhum email, nenhum telefonema, foi fazer uma consulta hoje para saber do andamento do meu pedido, "recebido e processado pela área responsável", devidamente protocolado. Navega, navega, achei a opção de acompanhamento de protocolos da Oi. A resposta foi essa abaixo: protocolo não existente!!
Só por questão de privacidade, omiti alguns dígitos do protocolo, os quais JURO que estavam corretamente informados conforme a mensagem original havia indicado - e eu sempre tiro um print screen dessas coisas para comprovação posterior.
Aí eu volto ao título desta mensagem. Me lembro claramente como foi papagaiada a privatização das telecomunicações na era FHdaP: vamos sair da incompetência do estado para um serviço eficiente, e que com ampla concorrência seria cada vez mais barato, além de totalmente regulamentado e vigiado de perto pela agência reguladora. Só que esqueceram de informar que ao invés de privatizar o serviço, quem fomos privatizados fomos nós, os consumidores, que passamos a ser propriedade da operadora, cujo único direito que temos é o de pagar em dia e calar a boca, literalmente.
Um detalhe desta esbórnia: no final de dezembro passado, um incêndio na central da Oi em Salvador deixou dezenas ou centenas de milhares de usuários no nordeste inteiro sem telefone fixo, celular e internet por um período que variou de dois dias a duas semanas!! A notícia foi publicada discretamente na internet, mas os telejornais das grandes redes não citaram um minuto sequer sobre essa situação. Coincidência ou não, quem é um dos maiores anunciantes do horário nobre dos telejornais? Quem? Quem? A resposta é simples assim.
Em compensação, na semana passada houve uma queda de uma usina sei-lá-onde, por motivos técnicos, que deixou todo o nordeste sem luz por um período de duas a três horas (não dias). Todos os telejornais aproveitaram para alardear o "Apagão do (Edson) Lobão" e outros bordões sensacionalistas. Bater no governo pode, é bonito e dá Ibope. Bater no patrocinador, nem pensar!!! Pesos e medidas da nossa mérdia, digo, nossa mídia.
Repito, alguém me dê o tiro de misericórdia.
P.S. neste exato momento o número 10331 está dando ocupado... a saga continua.