Sbronka

Aqui tem sensualidade mas não tem pornografia, não tem piada manjada, matéria copiada nem nenhuma outra chupação de idéia alheia. Este blog é feito de textos, fotos e montagens de minha autoria e qualquer idéia, texto ou fotos de terceiros terá seu crédito. Este Blog não tem o compromisso de agradar a ninguém. Toda crônica depende do humor do dia, ou da hora. Por fim, este blog não tem papas na língua e o formato é secundário para valorizar o conteúdo.

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Local: Salvador, Bahia, Brazil

Especialista em qualidade de software, atuando na área de Gestão do Desenvolvimento no Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.

18 abril 2008

ISSO NÃO SAI NOS JORNAIS


Recebi mensagem de mail de uma amiga que mora em Ashkelon. Há meses eles vem sofrendo ataques de foguetes Qassam de fabricação artesanal, "presente" do Hamas para a sociedade Israelense, principalmente para as crianças e jovens que circulam pela cidade no momento preferido para o ataque: de manhã bem cedo e ao final da tarde - não por coincidência, horário de ir e vir da escola.

"Nesses dois dias, comecaram de novo com os ataques em ashkelon. Essa madrugada acordamos com o maior barulho às duas e pouco, correndo para as crianças, na direção da escada. G já chorou muito hoje, toda hora que ouve alarme de carro, fecha os ouvidos e fica pálida. Nem sei o que dizer. Uma situacao desequilibrada. de todos os lados."

Essa situação infelizmente não aparece em destaque na mídia - o fato da população civil de Israel ser alvo constante de ataques covardes do Hamas. Somente as represálias do exército israelense repercutem na mídia internacional com destaque de crime de guerra, como se fosse lícito exigir de um país que conviva com os ataques diários à vida e ao patrimônio de seus cidadãos.

Quem está certo nesta questão ? Creio que nenhum dos lados. Acredito no caminho da paz, do entendimento mútuo e da convivência pacífica. Mas não posso me calar quando vejo um dos lados tratado como os coitadinhos da história. Shalom Hachshav - Paz Agora - é o desejo de grande parte da democracia Israelense. Pena que nem todos vejam assim.

(ilustra esta postagem a triste imagem de um foguete Qassam caído no pátio de uma escola em Ashkelon)

05 abril 2008

O TRABALHO ENOBRECE, SENADOR

O ilustre senador Cristovam Buarque (PDT-DF) teve a felicidade de proferir um discurso duro e autocrítico a respeito do desempenho - ineficiência e ineficácia, não necessariamente nestas palavras - do Congresso Nacional, ao comentar entrevista do Presidente do Senado, Garibaldi Alves FIlho à revista Veja. Ele criticou uma política feita "pelos endinheirados para os endinheirados" e só, restrito a esse grupo. E assumiu a falta de entendimento e debate no Senado brasileiro. Segundo o Senador, e o óbvio que salta aos olhos, CPIs e constantes eleições impedem que deputados e senadores exerçam sua função primordial: não há parlamento, na essência da palavra. Basicamente foi esse o tom do discurso do senador, que acompanhei pela TV Senado, na falta de coisa melhor para assistir na TV aberta. Até que valeu a pena. Talvez nem por tanto pela conhecida verve do douto Senador, Magnífico Reitor, mas pela percepção da nossa capacidade em resolver um problema institucional do país!! Entendi de relance que a solução está em nossas mãos, num simples recado às Vossas Ilustrissimas Excelências Senhores Senadores da República: como endinheirados, os senhores já deviam conhecer a rotina que os enriquece. Milhões de pessoas exercem a cada ano uma jornada maior de trabalho para darem conta de seu sustento, e proverem muito mais lucro para os seus bolsos, excelências. Um mínimo de correspondência a este antigo e valoroso conceito - o labor - pode resolver a equação para que seiscentas e tantas lideranças munidas de um exército de milhares de assessores e sinecuras, entre Senado e Câmara Federal, com um orçamento de salários e recursos nababescos, possa cumprir com suas tarefas de fiscalizar, investigar, debater e legislar. Verdade: os doutos e insignes legisladores não sabem se administrar.
O senador Cristovam aventou a hipótese de se fecharem as portas do congresso - congressistas dentro - a fim de que se obrigasse ao debate construtivo, citando as reformas políticas e outras que se tem sob demanda ao Congresso há anos, sob a pena de que fechássem-se as portas do congresso - congressistas fora -, para que se exercesse a ditadura livremente. Sinistro, quase sem querer!!
Como que pra sacanear, na sequência da sessão, um debate surreal se travou no Senado sobre mulheres, galinhas e cacarejos, numa demonstração de desprendimento total do dinheiro público e falta de capacidade de priorização de problemas que deixaria qualquer gerente de video locadora na rua do amargura do desemprego. Somente nos altos escalões da República é que se admite tamanha incompetência a custos tão exorbitantes. Socorro.