VINI, VIDI, VIXE !!! O Prólogo
Há exatos dois anos eu aportei em terras bahianas, de mala e cuia e
sonhos na bagagem, mais sonhos que perspectivas, mais esperanças que
realidades. Aprendi a recomeçar, ainda que o começo fosse um caminho
sem fim, sem rumo. Aqueles que me conhecem de São Paulo não sabem
exatamente onde estou ou o que estou fazendo aqui. Aqueles que me
conheceram em Salvador não sabem exatamente de onde vim ou como acabei
chegando aqui. Acho que mesmo eu só compreendo o caminho depois de
conhecer o destino a que cheguei.Dois anos parecem pouco sob a ótica do passado, mas sob o peso da luta
cotidiana somente quem vive sabe o que passou. Tudo que deixei pra
trás: amigos, família, referências, tive que reconstruir aqui.Decidi usar este espaço para compartilhar com os amigos um pouco deste
caminho, a título de curiosidade útil. Não pretendo ser exemplo de nada
além de um ser humano sujeito a paixões e acertos, a temores e erros, a
amizades e antipatias. Assim como não me considero um vencedor - nem um
perdedor, muito pelo contrário - mas, como o título parafraseado deixa
a transparecer, um autor-ator-espectador espantado dessa história que
só com o tempo se torna clara. Para - como César - poder finalizar o
mote com um veredito de vitória - ou derrota -, é preciso esperar o
apito final do Grande Juíz. Mas aí já não estarei aqui para tirar a
prova. Por isso vou procurar fornecer aos amigos alguns indicativos -
sem esconder os detalhes sórdidos, são eles que fazem a alegria da
galera - do que tem sido meu caminho nestas terras e águas
soteropolitanas, em casos que irei contando aqui neste espaço na medida
em que o tempo e a inspiração me permitir. Enquanto isso, convido-os a
soprar essas duas velinhas. Que no final cada um tire suas próprias
conclusões - ou não !