Sbronka

Aqui tem sensualidade mas não tem pornografia, não tem piada manjada, matéria copiada nem nenhuma outra chupação de idéia alheia. Este blog é feito de textos, fotos e montagens de minha autoria e qualquer idéia, texto ou fotos de terceiros terá seu crédito. Este Blog não tem o compromisso de agradar a ninguém. Toda crônica depende do humor do dia, ou da hora. Por fim, este blog não tem papas na língua e o formato é secundário para valorizar o conteúdo.

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Local: Salvador, Bahia, Brazil

Especialista em qualidade de software, atuando na área de Gestão do Desenvolvimento no Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO.

05 janeiro 2009

Tragédia Anunciada ou Como uma Minoria Intransigente Condena uma Maioria Silenciosa ao Sofrimento



Pois é, este blog cantou a bola em abril, conforme post que você pode conferir logo abaixo, já que estivemos inativos por tanto tempo...
Depois de meses, muitos meses, levando bombas diariamente sobre a cabeça de seus cidadãos, o governo Israelense decide perpetrar uma ofensiva militar sobre o Hamas para estancar este quadro de agressões. Aviões e tropas são mobilizadas para bombardear as posições das milícias palestinas que expulsaram do território de Gaza seu próprio governo para assumir a posição de ponta de lança a espezinhar a vida dos israelenses diária e indefinidamente. O território devolvido à autonomia palestina num processo lento e árduo de negociação em busca de paz, é tomado de assalto por forças minoritárias e intransigentes que não admitem o direito à existência da nação judaica entre tantas nações árabes no Oriente Médio. O Hamas, com sua truculência cega, condena o povo palestino da região de Gaza a uma retaliação que seria tão trágica quanto previsível num cenário de radicalismo unilateral.
Digo unilateral porque vimos, há poucos anos, a ação do Estado de Israel contra radicais de seu próprio lado. O esvaziamento dos assentamentos judaicos, com as imagens de soldados israelenses arrastando judeus ortodoxos para fora de seus redutos em terras predominantemente árabes, para que se pudesse chegar a um caminho de entendimento e paz onde ambos os lados pudessem conviver em algo semelhante à harmonia, retrata a preocupação do governo de Tel Aviv, e a maioria de seu povo, em se chegar a uma solução pacífica e definitiva para o impasse.
Mas, a única "solução" que os radicais do Hamas e seus aliados imaginam para a situação é a aniquilação total do Estado Judeu, como se fosse possível se extinguir um país de milhões de habitantes pela simples vontade de que eles não existam. Se bem que os funcionários da USP já tentaram isso em assembléia do sindicato: acabar com Israel por decreto. Deve constar de alguma ata deles, tremo de medo só em pensar... rsrsrs
Idiotices à parte, campeia a ignorância sobre o tema. Principalmente entre a esquerda brasileira, da qual às vezes me envergonho de participar, que vê toda ação pró-palestina como um novo Che Guevara a libertar o povo oprimido. Apesar de historicamente discutível, a autonomia palestina é uma necessidade que se impõe na ordem do dia, isso não se discute. Mas uma autonomia responsável, de um povo/país que se permita a conviver com seus vizinhos. E não a baderna instituída por uma minoria violenta que crê acabar com seus desafetos na base do explosivo, definindo quem tem e quem não tem o direito de viver neste mundo.
Como eu disse então, os bombardeios diários do Hamas contra as cidades israelenses não tinham o destaque da mídia como tem a resposta do governo de Tel Aviv após tantos meses de agressão. "Massacre" dizem hoje as faixas nas praças de Paris, mas ninguém se manifestou nos últimos muitos meses em que mães e filhos tinham que correr aos abrigos quando choviam foguetes Qassam no sul de Israel.
(foto: agência AP)